O CEIRA

instalado no espaço do antigo lagar de azeite do Porto de Manes, pretende ser um espaço de partilha de memórias intergeracionais que homenageia proprietários, trabalhadores rurais, homens e mulheres, que contribuíram, com o seu esforço e dedicação quotidianos, para o desenvolvimento deste território.


A exposição permanente do CEIRA leva o visitante a percorrer as diferentes fases do ciclo agrícola, nomeadamente o processo de cultivo dos cereais, a partir da seleção de um conjunto de peças adquiridas pela autarquia ao longo de vários anos permitindo, desta forma, a sua recuperação, preservação, investigação e divulgação junto de todos.


As peças remetem-nos para uma prática de uma agricultura tradicional e também para as primeiras transformações tecnológicas ocorridas com maior intensidade a partir de meados do século XX, com o uso da maquinaria nas rotinas da lavoura. Faz-se referência às diversas operações agrícolas e respetivos instrumentos de trabalho que lhe estão associados, para que o visitante distinga as diferentes fases do ciclo: SEMENTEIRA, MONDA, CEIFA, ACARRETOS E DEBULHA.

Os ofícios complementares à lavoura também são aqui destacados, nomeadamente o de FERREIRO e o de CARPINTEIRO, responsáveis pelo fabrico de todo o tipo de alfaias agricolas, carros e acessórios, intervenientes nos diferentes momentos do calendário agrícola. A coleção possui também um conjunto significativo de peças associadas à atividade do QUEIJEIRO.

Esta coleção possui assim um papel primordial na preservação da memória e da identidade do universo rural que os objetos expostos representam e testemunham.